sexta-feira, 4 de julho de 2008

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Sonho um dia em ser assassinado por disparos perfeitos transmitindo a culpa de não ter se matado, às mãos do ladrão vulgo 'expulsador' de almas que promove o encontro do céu com os cristãos.

Sonho me privando do pecado suicídio, promovendo minh'alma a perder a falsa luz terrena
e ganhar luz divina.

Dou perdão a despedida, antes do encontro da prata com o peito.

Dispenso aplausos, me retiro da dor com a morte, pois, sentir geralmente tem um azedume que é mais que saber contar com a própria sorte.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Legendária Cavalgada

No meu estado de ócio, peço que o pronome ‘elas’ seja mais suscetível à raridade dos aqueles. Contínuo descanso pra eles. Ainda me contentarei, longamente, mas por continuidade de afirmações em subnível como verossímil... Sem mais... Venham! Dolorosos “seçonários”... Os surpreendo com fria revolução.
Ataquem-me como armado navio de guerra, com durante tripulação, trajados por armadura talhada a golpes de verdade.

sexta-feira, 21 de março de 2008

Oposição de duas de quatro

A mais bela, a mais rosa.
A de mais pétalas, a de mais cores.
A de mais pureza, a de mais doce voz.
A primeira.

A segunda, a qu'e sinônimo da primeira.
Alma negra, ventania.
Implosão de quartetos e tercetos.
Sombra espaçada do meio das lembranças.
Sentenças, cinzas, sussurros de amor e ódio.
Do mesmo número de letras.

sábado, 15 de março de 2008

Cores, quais misturas?

O passado, nem sei, só lembro que me causa uma sensação de traição. Não entendo por que te olhar os momentos congelados me traz negação. Sem abstração momentânea, vou contra todos os meu princípios. Pra tudo isso, é preciso passado, passar. Lembrar-me-ei de tudo que sei, até do que descobri e descobrirei. Sistemático, devo ser! Esquecer todo o lirismo, todas as poesias, todas as tintas, todas as cores. Fazer verdade apenas do meio termo que passa por essa linha do tempo. No Presente, me disfarço, volto a ser como era antes, ou na verdade, me disfarço sendo o que não sou nesse presente, sendo farsa. Cabe-me lembrar que nada é ilusão como o fechar e abrir de olhos em dias que o sol não se esconde atrás das nuvens, nada disso tem aquela cor azul. Mas... Esqueci-me da mistura que torna a tinta irremovível que é a verdade.

domingo, 9 de março de 2008

Conceito de alguns anos/pensamentos atrás

Alguém que não pode ter sentimento por si,
porque é matéria reduzia a pó.
O quanto mais procura saber mais
mergulha num poço fundo e sem
perdão por não ser igual a um outro bom,
diga-se de passagem que pode ser apenas
o âmago ferido, amarrotado...
mas que corta amarga e transversalmente o
núcleo do sentimento.

Conjugue todos os verbos para o pretérito que achar melhor, e desfaça todas as concordâncias, julgue em contexto, transforme pro ‘eu’.

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Flocos nas nuvens

Era como imaginar desenhos em nuvens, acordei agora pouco. Lembro-me que foram inventados mecanismos que consistiam em adaptações feitas, onde se colocavam asas e motor de avião em ônibus. As pessoas iam, pegavam esses ônibus e quando ocorria a passagem de fora pra dentro, o fiscal tinha um controle que emitia um raio vermelho que comprimia as pessoas a caber no brinquedo. Eu, até chegar á rodoviária dos ônibus voadores, achava que eles eram grandes mesmo. Quando me tornei tripulante, fui alvo de mim mesmo, era eu quem estava dentro, de maneira pequena, e fora também. Fora, eu era um gigante, e o ônibus voador era um brinquedinho de usar na areia. Ás vezes ele perdia velocidade, caia, eu, grande que era, segurava. Pra me divertir, usava o turbo que ele tinha. O turbo era demais! O botão ficava ao lado do que diminuía as pessoas. Com o turbo, ele saia numa velocidade incrível e ainda espantava os bandidos que ficavam na aerovia. As pessoas que ficavam em baixo, diziam: “é o futuro, e aqui mesmo!”

Hoje, pode se dizer que é ‘raro’, só acontece de quatro em quatro anos mesmo, tem tudo pra ser um dia especial, ou não. Nem reparei na luz do dia pra ver se tem alguma coisa diferente, se for olhar agora, essência já não tem mesmo, esperarei a noite.

Feliz bissexto!

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Vermelho

Mais palavras pra cobrir o que antes era belo por ser branco, agora rasurado com algumas poucas bobagens. Em pleno inicio, tenho que comentar sobre a simples felicidade dos antigos, que em suma síntese eram virtuosos por contentarem-se com tão pouco. Em pleno século 21 é invejável o hábito passado. O engraçado é que essa forma de deslumbramento é um processo irreversível, e o que é fascinante hoje são outras coisas bastante geniais. Luz, azul, branco, areia, verde... tudo fascinante, ainda mais em passado, e cada vez mais raro no seu concreto e no âmago sentimental.
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Atualmente o vermelho tem me fascinado, bastante! Coisas vermelhas, são coisas bonitas. Até então um inventado “daltonismo” meu, me impedia de aprecia-lo. Mas é isso, é com pouco que se começa e se aprende, e se prende cada vez mais.

Vermelho-rosa – Boca que possui a palavra mais lapidada e o mais lapido sorriso.