segunda-feira, 27 de outubro de 2008

A faca de outro gume

Encontramos novas palavras, e quando achamos, encontramos outras como mais novas. Essas coisas valem mais que qualquer passado.
É sempre muito difícil as pessoas encontrarem, se acertarem nos seus ‘poréns’ e ‘entretantos’. Repetem-se muitos dos passados, mas, nas desculpas não é o mesmo. Tentamos enviar desviar culpa, trazendo pra perto, não empurramos mais, os certos são os que culpam, melhor, os que se culpam. Isso é bem rápido, coisa mesmo de um mártir. O certo é, que não é culpa de nada nem de ninguém, estipulações são feitas pra cada intimismo, e o alheio que o tem, compreende e insiste bem em sugar o teus princípios fraternais. Se bem que quarenta por cento do que se é, é lapidado por nós, sem descartar aqueles princípios e toda a psicose moderna. Wilde comenta com palavras distintas, "a mente vazia de quem não tem onde se apoiar, entorta-se, perturba-se vagamente". Nesse cotidiano, o que menos se ver são ficções fragmentadas a la laços de família, ou global qualquer.
-Não se deparar com uma miragem na frente do espelho, ou uma montagem.
Contar aqueles, alguns segredos, acordar mais cedo.
Quando o sol chegar. Nada de idealizar, sem perder a essência de que sonhar é bom demais. Duvidamos-nos demais, quando o mais certo é não encobrir-se de auto-agrados desnecessários, mostramos pra bem mais que nós mesmo, que somos o que diz aquela voz que grita da cabeça ao coração, todo o sentimento e racionalismo. Fale, luzes neurônicas e batidas sentimentais. Sempre adoram ou minimamente detestam, o segundo, é sempre um início da verdade (por um dos que pensam ser certos).

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

A última flor do hospital

Doente, porém, com consciência fora do coma, dentro de si. Calculando, atos, relatos, pisos, extratos, código de barra dos sorrisos, daqueles que brotam daquelas bonecas, daquele salto, daquele balançar. Preocupando-se mais com o artesanal. Era bem mais simples. Era bem mais divino, era bem mais oriental, era mais grego, clássico...
Insistente com esses clichês, precisava de dúzias de notas frias pra assoa-se da gripe assoladora. Ligava o rádio, com a ponta da folha, o que lhe restava dos dois lados, som e pontinha. Das ondas, estremecia, e largava as primeiras pétalas ao som dos tambores.Curava-se das coisas, se guardava, se deixando ultima, enquanto as do jarro ao lado caiam, ouvindo as conversas, dos acusados que tomavam o leito. Ouvia de longe, deixando-se da contaminação viral, usava mascara. Fotossintetisava um ar filtrado, passado da fina lã de vidro, pra transparecer maldade. Ganhou alta, germinaram duas sementes, brotaram duas, mal e bem. E com o vento, flutuavam de um lado a outro, ‘bens e mals- me-ques’.
lápide+ 16/02/91

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

'paixão'

Há quem diga que materialismo não traz sorrisos consigo. É só olhar e apreciar cada gesto, sejam eles os mais sinceros e mais grotescos possíveis... E há muitas formas de sorrir, tão certo como a verdade do 'sorrir enganado'.
E com o passar do tempo, classificamos os sorrisos e sabemos renunciar pra suprir a necessidade de tê-los.
Os de agora nunca serão como os de um tempo atrás, daqueles que a gente pensa em voltar a ser criança.
Tudo cabe na embalagem, 'tudo derrepente passa e já passou, tudo derrepente atrasa e já passou'.
Tudo é como isso, que diz que passa. São impulsos e ambições. Isso de escrever é isso mesmo, não se contentar, querer mais, melhorar, exaltar mais. Fazer bradar.

Ô palavrinha mágica, cheia de misticismos, tudo passa aí, encarando-se as teorias quânticas, que explicam dois meios mundo, apesar de que pra ‘muitos’, é fruto de imaginações, daquelas que desafiam as outras a se proporem. É capaz?



E ter é ter, sem depender da situação. (cabe como descrição)

domingo, 17 de agosto de 2008

Adm-not

Vemos-nos como nós, até o nosso último poder.
Dele em diante, somos nada, só dependência ou pena.
De 'sem' em valor ou em tempo, somos bons e fracos.
Vemos-nos em outros preços, em outra doença de permitir chegar perto.
Somos cotas, preços e sentimentos em fim.
Carnes de ventre livre. Somos almas. Vidas.
Esquecimento e lembrança em qualquer momento de pena.
Egoístas sempre. Em qualquer distração. Em qualquer capital.
Em qualquer herança.
Errados e seres. Vivos, somos.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Cravos e flores

De caule e espinho
De verde e vermelho
Passado e presente

Passar de ponta a ponta o olhar
Contornar azul e marrom
De um lado na maldade avistar verdade
Do lado da verdade, avistar maldade
Sentidos num mar espumando vaidade
Imperar absurdamente simplicidade
Deparar-se na metade
Acerta-se com dobras de cumplicidade.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Sorrisos

Surpreendem os que brotam das palavras do a, b, c. Surpreendem todos os tipos. Cada caso é impar. Secção de dois olhos pra observar os muitos. Leveza, calma pra soar a voz. Esperteza pra acompanhar de um lado a outro. Tranqüilidade pra ver surgir aqueles clarinhos que tanto se destacam no meio de tanta sedução. Eles que ainda são algo que devoram e não que são devorados, eles que não se misturam e não se transformam em algodões-doce. Há ainda os mais escondidos e solitários, eles que são apenas de existência imaginável. São os que surgem das lembranças das coisas bestas. Os incríveis de fotografar pro tempo todo. Ouvi ontem que até os olhos sorriem. São os três que se vê.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

...

Sonho um dia em ser assassinado por disparos perfeitos transmitindo a culpa de não ter se matado, às mãos do ladrão vulgo 'expulsador' de almas que promove o encontro do céu com os cristãos.

Sonho me privando do pecado suicídio, promovendo minh'alma a perder a falsa luz terrena
e ganhar luz divina.

Dou perdão a despedida, antes do encontro da prata com o peito.

Dispenso aplausos, me retiro da dor com a morte, pois, sentir geralmente tem um azedume que é mais que saber contar com a própria sorte.