Vemos-nos como nós, até o nosso último poder.
Dele em diante, somos nada, só dependência ou pena.
De 'sem' em valor ou em tempo, somos bons e fracos.
Vemos-nos em outros preços, em outra doença de permitir chegar perto.
Somos cotas, preços e sentimentos em fim.
Carnes de ventre livre. Somos almas. Vidas.
Esquecimento e lembrança em qualquer momento de pena.
Egoístas sempre. Em qualquer distração. Em qualquer capital.
Em qualquer herança.
Errados e seres. Vivos, somos.
domingo, 17 de agosto de 2008
terça-feira, 12 de agosto de 2008
Cravos e flores
De caule e espinho
De verde e vermelho
Passado e presente
Passar de ponta a ponta o olhar
Contornar azul e marrom
De um lado na maldade avistar verdade
Do lado da verdade, avistar maldade
Sentidos num mar espumando vaidade
Imperar absurdamente simplicidade
Deparar-se na metade
Acerta-se com dobras de cumplicidade.
De verde e vermelho
Passado e presente
Passar de ponta a ponta o olhar
Contornar azul e marrom
De um lado na maldade avistar verdade
Do lado da verdade, avistar maldade
Sentidos num mar espumando vaidade
Imperar absurdamente simplicidade
Deparar-se na metade
Acerta-se com dobras de cumplicidade.
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
Sorrisos
Surpreendem os que brotam das palavras do a, b, c. Surpreendem todos os tipos. Cada caso é impar. Secção de dois olhos pra observar os muitos. Leveza, calma pra soar a voz. Esperteza pra acompanhar de um lado a outro. Tranqüilidade pra ver surgir aqueles clarinhos que tanto se destacam no meio de tanta sedução. Eles que ainda são algo que devoram e não que são devorados, eles que não se misturam e não se transformam em algodões-doce. Há ainda os mais escondidos e solitários, eles que são apenas de existência imaginável. São os que surgem das lembranças das coisas bestas. Os incríveis de fotografar pro tempo todo. Ouvi ontem que até os olhos sorriem. São os três que se vê.