segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

Não há muito o que recolher desta penteadeira
Um frasco de perfume de poucas doses pra borrifar
Outros cacos já separados pro novo lar onde pousar 
Meio coração e outras partes de se entregar
Tudo já na sacola
Ah, e por que nada é pra já 
Guardo também a luz dos olhos e outras coisas que vivi ao acordar
Você minha aurora, meu ponto aonde chegar
Minha sala de estar, meu lugar pra retornar 

quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

O que sonhei em 10 min de sono
Nuvensinhas
O abrir dos olhos
Sinestesia 
A luz azulzinha 
A frase 
Tem fim, tem caminho
Até 👋🏾 

terça-feira, 24 de novembro de 2020

Filho

Todo dia um diálogo 
Se remeto à infância
Aos natais 90's
Às expectativas
Vejo todo dia um presente

domingo, 22 de novembro de 2020

Às vezes amigo 
Às vezes injusto 
Justifico: 
É tempo de perder

Que no mundo 
Os ponteiros só passam pra deixar pra trás

quarta-feira, 18 de novembro de 2020

Consumo

Como poderia não me lembrar 
Se é todo meu consumo
A música que escuto deitado
(À luz de árvore de pisca-pisca)
O brinde gelado
Sonho que sonho 
Memória e pensamento 
Meu dialeto predileto 

Me quebra a cabeça
Tanto nó pra desatar 



quarta-feira, 11 de novembro de 2020

Você cresce sobre mim e ainda te quero 
Mesmo que se vá o que me faz assim 
Saudade do teu cheiro abre o desespero
Mas se dizem por aí 
Que por toda vida um seremos
Pedacin por pedacin me regenero
Um dia te ligo
- Alô, lovezin, chega mais perto 

sexta-feira, 6 de novembro de 2020

Visitar

Te falei em fevereiro ou março
Após a subida da ladeira 
Pro café da manhã que fui tomar
Te falei, tu não mediu
Se preocupou o mais do mesmo 
Mas me senti leve ao respirar 
Era brisa de esperança
Nunca quis deixar passar 
Pra esse momento quero voltar 
E dessa paz compartilhar
O que fui eu no fim de fevereiro
Chamo tu pra visitar 

segunda-feira, 2 de novembro de 2020

Com tanto cravo e espinha
Não entendo a pele murchinha 
Deve faltar uma florzinha 🌻

domingo, 1 de novembro de 2020

Mais parece que já passou um mês inteiro
Um tempo que corrói e dói 
Mas por onde devo ir?  
A janela sabe...
E ela só se abre se você quiser


terça-feira, 27 de outubro de 2020

De quando a gente limpou a casa
Deu saudade... 
Do sorriso satisfeita
Lençol de cama arrumada
Cheiro de tangerina
A brisa, o som, o chão
O colchão na sacada 
Mas por tudo, e se ainda vier
Antes, o tudo que está por fazer

quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Mais um dia... Se este pouco não percebesse te diria: mais um dia... 

Fico feliz com o meu achado: 

- Meus anos, meus últimos dias, nada por mim, nada para mim 

Calma com tanto cuidado...

terça-feira, 20 de outubro de 2020

Quem é?

Exprimindo-se para uma atividade na tentativa de resposta para um questionamento: 

Quem é? Digo, quem ele é? Não sei dizer... Pouco fala, pouco faz, frases em versos, pouco texto em prosa pra não se alongar. E o que transparece, é o que não é? Difícil precisar o que é casca, o que é de dentro, se é o que é, ou não mostra o que é. Suas ações, antepassados, nem sobre isso há o que dizer. Sempre desconversa, não sabe dizer... Pelo convívio, não há o que relatar, sem amigos, depoimentos, apertos de mão e abraços desimportantes, não sei quem é. Pela família, um vazio, ausência de diálogo, afeto em demonstrações materiais,  restituições pelos cuidado e afetos mat/pat/frat-ernais. Quem será que é?  

A varredura, um trabalho crucial pela imagem, para um punhados de dias e 20 e tantos anos de calamidade. O que precisa listar? O que pontuar? 

quarta-feira, 16 de setembro de 2020

Fotografia

A única lembrança do dojô
Você levou
A faixa branca, kimonono azul 
O que restou 
Então te peço, por favor
Põe numa carta e manda pro vovô
Sorrirá ao ver 
Quem jamais lutou

terça-feira, 15 de setembro de 2020

Like a bubbles in the water
I mean, I'm feeling down 
Like no arms in your shoulders
Relieves your own mindedness
Like the bubbles in the water 
I wish my head in a something new

terça-feira, 1 de setembro de 2020

Acordar

Pequeno é o meu querer
E é uma desgraça arder
Às vezes pior se o sol se esconde
Mas,
Na avenida há outros homens
Ou o canal introjetado de
Crianças, mulheres
Cadeira de rodas, muletas
Guloseimas que valores assumem
E ainda que em miséria
O espaço pro animal
Ai, Rio Branco
Calor desmedido, mormaço
Meu corpo mole que o tempo consome
Do físico ao desconforto emocional
Respiro fundo, tomo prumo
Rumo pra casa
Conheço pouco o rosto do desejo real

terça-feira, 25 de agosto de 2020

Você que sempre disse...
Sempre disse um eu te amo por coisas tão vazias
Sem mais e sem porém
Avalia...
A gente nunca precisou um do outro, meu bem
Domingo o sol, a luz, o fim de tarde, segue a melancolia
Tudo bem...
Noite semi fria, escovar os dentes, deitar e flutuar na cama vazia
A mente vai além
Só o tempo, Jesus, a Virgem Maria, essas coisas fazem bem
Noutra vida, nova vida
Num animal eu serei o além

sábado, 22 de agosto de 2020


No, You don't realize
Like a magic trick
My feet are almost done...
To climbing up the big tree

quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Projeção do imediato

Sons que me causam
Sem ir muito longe
Recortes de fotografias que desejo
Meses onde me vejo
Talvez 5, 6 ou mais

quarta-feira, 5 de agosto de 2020

a morte em consciência
um buraco que suga o ânimo
assim entendi 'morte em vida'

terça-feira, 4 de agosto de 2020

máximos ou mínimos?

'o silêncio é sempre lindo, e uma pessoa silenciosa é sempre mais bela que aquela que fala'
- Dostoiévski

terça-feira, 28 de julho de 2020

A hipocrisia
O mundo em harmonia é muito mais que o seu querer

Se 'tudo bem' te dou bom dia
Se não, te acordo pro que vai ser

Hipocrisia
Por um 'quase' evitei companhia
365 dias que não vamos ver.

segunda-feira, 22 de junho de 2020

Tive que vir
Tive que voltar
E caso não seja sorte
Há de viver pela terceira vez

sábado, 13 de junho de 2020

Pois se eu fosse uma última vez
Eu era pra sempre o instante
E tudo em mim bastaria
Como só é bom ou triste o fim
Restaria então
Lembranças ou o desabrochar de mim
Mas, fato é que, condição pra essa vida:
O aceitar, despedida

quinta-feira, 4 de junho de 2020

Vida

Não na mesma velocidade
Mas árvores que se fecham
Frutos, filhos teus
Da terra germinará
Se(so)mente sanidade é que nos restará

sexta-feira, 22 de maio de 2020

(Só)seguem os dias de uma vida que se esvai de mim
Me empresta as horas, Jesusin 
Os minutos da-me um bocado bom 
Deixa só segundo ser ruim 
Findi luz, findi tarde
Um amém
Mais um dia que chega, enfim...

domingo, 26 de abril de 2020

Inadequado

Centenas de milhões
De pares desordenados
Múltiplas opções de corações
Nenhuma delas
Diminui meu legado

E se ainda assim ousar me definir
Revela o que tá guardado

29 arranjos
Conhecimentos
Meu passado

Pus-me Buda
Pois errei quando falei
Dai meditei, elevei

Escrevo em rimas, tipo rap
Porque o pop me parece um tanto quanto
Elitizado
É um som de amor idealizado

E nesta rima tipo beat
Um clichê
Um suspiro indignado
Como em ti, habita em mim
Só que um pouco mais humanizado

quinta-feira, 23 de abril de 2020

E se viesse por um caminho com menos
Ainda assim declamar-ia a vida
Reclamar-ia a ausência do inglês
Ou biquinho mal feito pra arriscar os bons dias em francês
E se viesse por um caminho com menos
Valer-se-ia da gota de suor, da lágrima esquecida
E se viesse por um caminho com menos
Não se espantaria que ajuda falta não faria
E que sem ela caminhar no mundo é utopia

segunda-feira, 13 de abril de 2020

Nem todo o silêncio do dia te impediu de ser um pouco como me deseja
Se atenção é o jogo, o que pesa é a cara viciada do ensejo de quem não se compadeceu
Se tive dias tristes, venci os piores sem ouvir um respiro teu
E seja lá quem for, não há de compartilhar um amor após o ardor
Se é que isso mata, ou é ferida passageira
Enfim...
A cura é ligeira...
E se jogar e a vitória retornar
Tudo sempre foi um desserviço, um desamor

domingo, 5 de abril de 2020

Já nem sinto tanto o frio
E se assim for, nem tanto amor
Da lua seca, nem arrepio
Vou perde o desafio?
Não.
Se expulso fio-a-fio
A dor, o amargor do meu interior 

segunda-feira, 23 de março de 2020

É que toda vez que
Não compareço
Cê vira o rosto  e...
... Sussurra 'paga o preço'
Da segunda ao sábado
Segue a vida pelo avesso
Donde esmaece a culpa
Ou imperativo deste haver
E se por um delito me transpusesse
Não me trocaria em palavras
E em oculto
Bastaria
O mais íntimo do ser
De Janeiro a Fevereiro
O período e o nevoeiro
Vida à se estabelecer
Espero em mim um ser inteiro
Pois se troco falas cruzadas
E se por elas chego ao fim
Digo, o restabelecer

domingo, 8 de março de 2020

De engenhar e discutir a vida
Retrucaram alunos e professor:
-Viver é um eterno adaptar-se
Pois sim, que nessa linha do tempo
Muito pra entender, das coisas que um fim nem há
Da escala larga, um corpo à inexpressar

- Na melancolia do dia, abaixo de 'true love will find you in the end', a Daniel Johnston song.

domingo, 1 de março de 2020

É verdade
Ando um tanto cheio do que vejo
Já não cabe tanto, ou mais do mesmo
É verdade
Ontem foi bissexto
Não rasurei sequer um devaneio
E nada a declarar
É verdade
Sai para um passeio
E em literalmente nada à me apoiar
Cisquei o fundo do mar

terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

Escada de decida

Em tudo dá-me os lados mais bonitos
Que nem sempre sigo ou te visito
E arestas me confortam um infinito
Adorei-te sem expor requisitos 
Pois embaracei-me, e dei por mim 
Que de nós nada sei
Que passou a nossa vez
Ébria miragem
O triz do fim em contentar-se
Fins por fins, especular idade
87 anos em fins de tarde, pois solidão não falhará
E se lá é festa, amor, uso escada de decida
Que haverá tristeza em nossa vida
E ponho-me a... 

domingo, 2 de fevereiro de 2020

Despedida

De dias que pude contar, 21 para constar
De desculpas, de comportamento exemplar
De frestas de a gente se encaixar
Do que finda em caos ou harmonia
De grandeza em esperar
De expectativas à frustrar
Da melancolia
Do sol de domingo em meio dia
Da paz, da alegria

Mas se esse mundo não é, essa vida não é minha

terça-feira, 21 de janeiro de 2020

Economizo então
O espaço, o terreno
Deus do céu
Ôh vontade!
Ser pequeno
Sou um milhão,
Sou luzes acendendo
Te deixo então
Que é em vão
E o feminino
Me deixa
Tão pequeno

terça-feira, 14 de janeiro de 2020

Dou-te meu tempo
Como doo espaço
Pessoa que sou
Sinto embaraço
Se de mim porvir o laço
Maduro sou
Ou
Vê-me palhaço
Coming home
And in everything you say to me
I saw a bit of an universe
Synesthetically
A body that's smell like flower
Where the feeling crosses the red eyes
You ever speak about it
And laughs about me
So hope
Everything will be great

domingo, 12 de janeiro de 2020

Longo feito prosa foi a conclusão de relembrar. Decaiu em sentimentos como quem cortou os cabelos até acabar. Ora, o tempo passaria e nem o templo acolheria tudo que tinha pra guarda.