sábado, 13 de junho de 2020

Pois se eu fosse uma última vez
Eu era pra sempre o instante
E tudo em mim bastaria
Como só é bom ou triste o fim
Restaria então
Lembranças ou o desabrochar de mim
Mas, fato é que, condição pra essa vida:
O aceitar, despedida

quinta-feira, 4 de junho de 2020

Vida

Não na mesma velocidade
Mas árvores que se fecham
Frutos, filhos teus
Da terra germinará
Se(so)mente sanidade é que nos restará

sexta-feira, 22 de maio de 2020

(Só)seguem os dias de uma vida que se esvai de mim
Me empresta as horas, Jesusin 
Os minutos da-me um bocado bom 
Deixa só segundo ser ruim 
Findi luz, findi tarde
Um amém
Mais um dia que chega, enfim...

domingo, 26 de abril de 2020

Inadequado

Centenas de milhões
De pares desordenados
Múltiplas opções de corações
Nenhuma delas
Diminui meu legado

E se ainda assim ousar me definir
Revela o que tá guardado

29 arranjos
Conhecimentos
Meu passado

Pus-me Buda
Pois errei quando falei
Dai meditei, elevei

Escrevo em rimas, tipo rap
Porque o pop me parece um tanto quanto
Elitizado
É um som de amor idealizado

E nesta rima tipo beat
Um clichê
Um suspiro indignado
Como em ti, habita em mim
Só que um pouco mais humanizado

quinta-feira, 23 de abril de 2020

E se viesse por um caminho com menos
Ainda assim declamar-ia a vida
Reclamar-ia a ausência do inglês
Ou biquinho mal feito pra arriscar os bons dias em francês
E se viesse por um caminho com menos
Valer-se-ia da gota de suor, da lágrima esquecida
E se viesse por um caminho com menos
Não se espantaria que ajuda falta não faria
E que sem ela caminhar no mundo é utopia

segunda-feira, 13 de abril de 2020

Nem todo o silêncio do dia te impediu de ser um pouco como me deseja
Se atenção é o jogo, o que pesa é a cara viciada do ensejo de quem não se compadeceu
Se tive dias tristes, venci os piores sem ouvir um respiro teu
E seja lá quem for, não há de compartilhar um amor após o ardor
Se é que isso mata, ou é ferida passageira
Enfim...
A cura é ligeira...
E se jogar e a vitória retornar
Tudo sempre foi um desserviço, um desamor

domingo, 5 de abril de 2020

Já nem sinto tanto o frio
E se assim for, nem tanto amor
Da lua seca, nem arrepio
Vou perde o desafio?
Não.
Se expulso fio-a-fio
A dor, o amargor do meu interior