domingo, 2 de maio de 2021

Mas será que não me concede a causa porque jazz sabe?
A que fim levou todas as coisas que por mim deixei de fazer?
Donde estou, aonde irei? Tudo são só as circunstâncias 
Se não prometo pelo que vou ganhar 
E se remeto à vitória, a outro bem para causar
Há fundamento na promessa, no esperar

segunda-feira, 5 de abril de 2021

Coloriu
Colo_r-i-u
Color_abr-i-u
Abril


 

sábado, 3 de abril de 2021

Acompanhar


Te espero se disser que vem 
Te espero se disser que vai também 
Esse frio ainda não tá um desespero 
E eu não vim pra não entrar no mar

quarta-feira, 24 de março de 2021

Re-pouso

Vivendo ordenado pelo tempo 
Minimizo assim o porquê de não ir antes 
- Quem o bem fez, vai para o re-pouso 
E se não tenho amor primeiro a mim 
 Pensar sobre ver quem for partir
Sempre dói um tanto
Pela terra se redimir 
Poeira a secar o pranto 
 


sábado, 20 de março de 2021

Vida passa
Também o 'por mim'
Que pelas mãos antepassa
Vida passa

quinta-feira, 11 de março de 2021

Felicidades para o meu ser
Agora tudo é químico 
Aflora trilha sonora que há em mim 

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

Passagem

Felicidades me vêm rápido e assim também se vão
Tudo está tão só, só de passagem 
Hoje foi tudo o mais do mesmo...
A não ser pelo que contabilizo, e que para mim o mundo girou
Em todos os ciclos os mesmos anseios (e eu nunca sei de onde vem tanto medo)
Acalentam-me as lembranças de um menino de cinco, uns vinte e cinco anos atrás
Cujo a sua senhora de trinta e cinco falava sobre os seus passos nos seringais 
Os cheiros que ainda marcam, sobretudo a nicotina (o lobo mau da tabatinga), essa um tanto mais
Nossa varanda de cerâmica amarela, o banco improvisado na escada 
Pouco diálogo entre o adulto e o menino antes do(s) Jornal(is) Nacional(is) 
O encaminho natural para o duro sofá de madeira e almofadas de onça entre arranjos florais
Ali a gente se abraçava pra acompanhar suas telenovelas e levantava para tomar água entre os comerciais
Da nossa varanda avistávamos os pontos cardeais, a constelação das três marias que nunca pude decifrar
Naquela varanda as promessas de verrugas nos dedos para cada estrela que eu pude apontar
E o que seria do meu texto de passagem senão o pretexto pras lamúrias de alguém com mais de trinta a se fundamentar? 
Não elenco nunca um sonho, nada pra me perpetuar, mas...
Que Deus, as forças do universo, os meus orixás... Todos me prevejam em cada letra das palavras que eu arranjar, as que eu materializo e as volatilmente absortas no tempo 
Que por um sinal eu me sinta perdoado pela dor, ardor, torpor na vida de cada semelhante que cruzei ou passarei, retomarei...
Que trinta é o bastante, e o montante de felicidade até aqui é o suficiente para já 
E se a vida ainda existirá, a isenção de tanta culpa, que já é tempo de se libertar...
E que nas noites antes de deitar, ainda dobre sobre os joelhos, pela entrega da humildade, sobretudo pelos anseios àqueles que desejo o bem-estar