Pra que ninguém ouça
Pra que ela não sofra
Que nada se mova
Talvez se resolva... 
Em suas rimas soltas
Esconde o quanto é louca
E voa no céu que tem dentro da própria boca

Veja só
Tudo aqui é só meu
Pelo que considero tão orgânico
Cheiros, cor, até o incolor
Tudo indolor 
Tão, tão
Tão organizado
Como quem repete em tom de poesia
Gente, gente
Âmago rupestre, floreste, terrestre
Empatia que vós micê veste 

Liberté
Amour de la liberté
Cette rivière est rouge

 

oito o formato da estrada

o tapiri é nossa casa

eu fiz ele pra vocês

no ano passado
fotografia de janela 
o pôr do sol enquadrado 

mal nos cabia o 21 rasurado

e vê só

tudo ainda está errado 

...pelo tempo dedicado 

gestos delicados...

teu humor impregnado 

e pois o amor?

escrevo-o e toco fogo

como um rito para perda do legado

e ainda há pelas cinzas a trela pelo exumado

me diga pois quantos planos serão o passado 

se a tragédia foi o fim

toma rumo a vida

quando também trouxeres 

um cheiro novo pra ser lembrado

Pingou um cheiro que ardesse mais
Assim confundiu o que lembrou, o dove

Mas será que não me concede a causa porque jazz sabe?

A que fim levou todas as coisas que por mim deixei de fazer?

Donde estou, aonde irei? Tudo são só as circunstâncias 

Se não prometo pelo que vou ganhar 

E se remeto à vitória, a outro bem para causar

Há fundamento na promessa, no esperar