domingo, 1 de novembro de 2020

Mais parece que já passou um mês inteiro
Um tempo que corrói e dói 
Mas por onde devo ir?  
A janela sabe...
E ela só se abre se você quiser


terça-feira, 27 de outubro de 2020

De quando a gente limpou a casa
Deu saudade... 
Do sorriso satisfeita
Lençol de cama arrumada
Cheiro de tangerina
A brisa, o som, o chão
O colchão na sacada 
Mas por tudo, e se ainda vier
Antes, o tudo que está por fazer

quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Mais um dia... Se este pouco não percebesse te diria: mais um dia... 

Fico feliz com o meu achado: 

- Meus anos, meus últimos dias, nada por mim, nada para mim 

Calma com tanto cuidado...

terça-feira, 20 de outubro de 2020

Quem é?

Exprimindo-se para uma atividade na tentativa de resposta para um questionamento: 

Quem é? Digo, quem ele é? Não sei dizer... Pouco fala, pouco faz, frases em versos, pouco texto em prosa pra não se alongar. E o que transparece, é o que não é? Difícil precisar o que é casca, o que é de dentro, se é o que é, ou não mostra o que é. Suas ações, antepassados, nem sobre isso há o que dizer. Sempre desconversa, não sabe dizer... Pelo convívio, não há o que relatar, sem amigos, depoimentos, apertos de mão e abraços desimportantes, não sei quem é. Pela família, um vazio, ausência de diálogo, afeto em demonstrações materiais,  restituições pelos cuidado e afetos mat/pat/frat-ernais. Quem será que é?  

A varredura, um trabalho crucial pela imagem, para um punhados de dias e 20 e tantos anos de calamidade. O que precisa listar? O que pontuar? 

quarta-feira, 16 de setembro de 2020

Fotografia

A única lembrança do dojô
Você levou
A faixa branca, kimonono azul 
O que restou 
Então te peço, por favor
Põe numa carta e manda pro vovô
Sorrirá ao ver 
Quem jamais lutou

terça-feira, 15 de setembro de 2020

Like a bubbles in the water
I mean, I'm feeling down 
Like no arms in your shoulders
Relieves your own mindedness
Like the bubbles in the water 
I wish my head in a something new

terça-feira, 1 de setembro de 2020

Acordar

Pequeno é o meu querer
E é uma desgraça arder
Às vezes pior se o sol se esconde
Mas,
Na avenida há outros homens
Ou o canal introjetado de
Crianças, mulheres
Cadeira de rodas, muletas
Guloseimas que valores assumem
E ainda que em miséria
O espaço pro animal
Ai, Rio Branco
Calor desmedido, mormaço
Meu corpo mole que o tempo consome
Do físico ao desconforto emocional
Respiro fundo, tomo prumo
Rumo pra casa
Conheço pouco o rosto do desejo real