terça-feira, 7 de dezembro de 2021

agora
estrela brilhante
teu nome é só um desenho
um sentido
som bonito
memória estelar 

- Mentira
Que eu até que fiquei bom... 
Em colocar essas coisas que vêm, 
Na pasta, a passar
- Na verdade 
Vence no cansaço, o aço, 
O laço desatar 

quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

Você traz o frio

Mas não me dá neve

Tudo qu'eu queria ver

Você me traz dor

Mas não há cor

Vermelho, o sangue

Coração se derramou

Penso que, mãe...

Você só riu

Quando pouco viu

O amor 

terça-feira, 30 de novembro de 2021

Você fica triste e finge
Quando não acerta o ponto
O ponto do doce de abacaxi
E no fundo você sabe
É o melhor de você
E ora, poxa
Não tive o melhor de mim 

Roda

Foi preciso envelhecer
Amadurecer 
E então perceber
O movimento dói
Sigo e aprendo um pouco +

segunda-feira, 29 de novembro de 2021

É primavera, bela 
Como disse antes, espiral vai girar
Os ciclos... 
Também portas pra fechar
Um bê-a-bá
E dos outros que um dia ouvi:
Hoje eu vou, pra nunca mais voltar 🎶 

terça-feira, 23 de novembro de 2021

Espiral

Como tenho entendido
Os anos atrás, ponto vermelho
Experiências: boas, ruins, etc. 
Vida, a forma: um ciclo em espiral 
O tempo: as coisa aumentando
Mas a volta em si
O começo no primeiro quadrante
O término no quarto
A gente vem maturando
Ponto preto
Ciclos maiores, coisa maior
Coisa que dum jeito passa:
v-i-d-a

segunda-feira, 22 de novembro de 2021

Hoje fui tirar a pasta, pensei:
- hoje não vou devolver ao lugar
Matutei a ideia do que minha senhora falaria quando em nosso banheiro entrasse 
- encontrou isso aqui? 
Continuei a vagar no pensar
E como hoje é de praxe, não consegui deixar fora do lugar 
Porque não me gastaria essa rebeldia, hoje em particular 
Cogitei, que bom seria ter aprendido contigo: 
-Teu coração tem lugar, e se alguém por um dia tirar-lhe o fino, aqui o caminho das pedra para retomar 
Por que se apressar em chorar essa morte? 
Indagar... 
Não tive certeza quando vieste 
E que vieste... 
Que teu amor me deste 
Certeza sei e é uma só 
Tua morte rói 
E teu manto preto 
O luto veste... 

sábado, 20 de novembro de 2021

Quando for de manhã, e eu já tiver acordado
As sensações daquele som terão terminado
E da busca por transferir as emoções pro papel
Para poder rasgar em pedacinhos 
Nascerá o rito
Das bem minhas N tentativas, dizer como sou
Como sinto, abrir-se 
Rabiscando vossa mentira, teu 'nem aí'
Trocando amor em desafeto, transformando
Girando para fora o ciclo, entendendo
Estendendo em espiral
Um vendaval para sempre
Para sempre um rio, um torto 

sábado, 13 de novembro de 2021

Nécessité

Acompanhar por entre os dias
Do raiar de sol, lançar de lençol
Encarrilhar de cortinas
Coar café pro despertar

Esse Acre... 
No céu é um ocre 
Meu viver... 
Um amarelar 

ObservAr(-te)
Amorenar quando o pelo banhar e refletir luar 
BeijAr(-te) 
Ver o vermelho do lábio mudar, desmanchar
Ar(-te) 
Simples se dá em ver teu cabelo esvoaçar

Ne-ces-si-tar
Mudar pra já, ou já não há 
O eu de ontem, foi caminhar 


quinta-feira, 11 de novembro de 2021

Sonhos desses sonos que eu voltei a dormir a tarde
Fonte que não me rega, pois basta o tempo
A palavra que já não é quase, secará 

sexta-feira, 5 de novembro de 2021

Se teu ciclo agora faz meu caminho
Que carinho 
Pensei no amarElo sozinho 
Furtei tua cor um inteirinho
Cá que findou 
Um papel de parede pro meu celular 

quinta-feira, 4 de novembro de 2021

Meu pescoço já têm traços
Envelheço... 
Só tomo ciência do que sinto porque vejo
E às vezes repito que: 
Corpo que me veste, cê não merece mais
Sussuro e às vezes grito:
Vence então, ó consciência! 

segunda-feira, 23 de agosto de 2021

Analógico 2

Como falo comigo:
Isso é só um loop que deu o tempo 
Quando me lembro o que fazer
Dos souvenirs da Benedito Calixto
Presente que levaria
As lembranças pra quem 

sábado, 21 de agosto de 2021

Só não deixa faltar sal
Donde põe tanto brilho
Que sem sal 
Ponto final 

segunda-feira, 16 de agosto de 2021

não faz tempo 
te olhei de perto 
soprei os olhos
como quem sopra areia
sal de mar

mirei nos olhos
e vi na fenda
e se parece
nós reluziu 
bora nadar?

quinta-feira, 12 de agosto de 2021

Há quem mude
Quem se mude
Desnude 

Eu? 
Desejo ficar
Aparando as arestas 

Você? 
Na borda
Consome o que me transborda

Mas se soul cerne
Algo plástico 
Então não joga água 

domingo, 1 de agosto de 2021

A gosto de quem ressurge
Os planetas vão girar 
O horóscopo alerta ou me condena
Que como o frio de mês febril
Palavras também vão ficar
Ao gosto da dominação calculada 
A boa vontade formada
Ação premeditada
Somos par? Impar? 

sábado, 31 de julho de 2021

Auto promotion

De si pra quem? 

segunda-feira, 26 de julho de 2021

Demoro a fechar janelas
porque me dói
a vida entre dentro e fora.
 
Meu gesto lento,
sem antes nem depois,
desconhece se abre ou se fecha
a janela de uma outra janela.
 
Sem longe nem perto,
entre sombra e além,
na casa onde meu corpo começa,
sou eu mesmo a terra que contemplo.
 
Depois do vidro,
perdida da sua própria imagem,
a paisagem ainda mora toda em mim.
E eu, já, nela.

Mia Couto

sexta-feira, 9 de julho de 2021

The beat in a over & over repeat 
A moment like a symbol
Where I said the last goodbye to the memories
Under the tears...
Tearing apart the letters about lies
And from the dharma believe
That this life is gonna work 
When I turn my mind to the powerful small things 🌟

segunda-feira, 28 de junho de 2021

Pra que ninguém ouça
Pra que ela não sofra
Que nada se mova
Talvez se resolva... 
Em suas rimas soltas
Esconde o quanto é louca
E voa no céu que tem dentro da própria boca

domingo, 27 de junho de 2021

Veja só
Tudo aqui é só meu
Pelo que considero tão orgânico
Cheiros, cor, até o incolor
Tudo indolor 
Tão, tão
Tão organizado
Como quem repete em tom de poesia
Gente, gente
Âmago rupestre, floreste, terrestre
Empatia que vós micê veste 

domingo, 20 de junho de 2021

Liberté
Amour de la liberté
Cette rivière est rouge

segunda-feira, 14 de junho de 2021

 

oito o formato da estrada
o tapiri é nossa casa
eu fiz ele pra vocês

sábado, 5 de junho de 2021

no ano passado
fotografia de janela 
o pôr do sol enquadrado 
mal nos cabia o 21 rasurado
e vê só
tudo ainda está errado 
...pelo tempo dedicado 
gestos delicados...
teu humor impregnado 
e pois o amor?
escrevo-o e toco fogo
como um rito para perda do legado
e ainda há pelas cinzas a trela pelo exumado
me diga pois quantos planos serão o passado 
se a tragédia foi o fim
toma rumo a vida
quando também trouxeres 
um cheiro novo pra ser lembrado





quinta-feira, 13 de maio de 2021

Pingou um cheiro que ardesse mais
Assim confundiu o que lembrou, o dove


domingo, 2 de maio de 2021

Mas será que não me concede a causa porque jazz sabe?
A que fim levou todas as coisas que por mim deixei de fazer?
Donde estou, aonde irei? Tudo são só as circunstâncias 
Se não prometo pelo que vou ganhar 
E se remeto à vitória, a outro bem para causar
Há fundamento na promessa, no esperar

segunda-feira, 5 de abril de 2021

Coloriu
Colo_r-i-u
Color_abr-i-u
Abril


 

sábado, 3 de abril de 2021

Acompanhar


Te espero se disser que vem 
Te espero se disser que vai também 
Esse frio ainda não tá um desespero 
E eu não vim pra não entrar no mar

quarta-feira, 24 de março de 2021

Re-pouso

Vivendo ordenado pelo tempo 
Minimizo assim o porquê de não ir antes 
- Quem o bem fez, vai para o re-pouso 
E se não tenho amor primeiro a mim 
 Pensar sobre ver quem for partir
Sempre dói um tanto
Pela terra se redimir 
Poeira a secar o pranto 
 


sábado, 20 de março de 2021

Vida passa
Também o 'por mim'
Que pelas mãos antepassa
Vida passa

quinta-feira, 11 de março de 2021

Felicidades para o meu ser
Agora tudo é químico 
Aflora trilha sonora que há em mim 

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

Passagem

Felicidades me vêm rápido e assim também se vão
Tudo está tão só, só de passagem 
Hoje foi tudo o mais do mesmo...
A não ser pelo que contabilizo, e que para mim o mundo girou
Em todos os ciclos os mesmos anseios (e eu nunca sei de onde vem tanto medo)
Acalentam-me as lembranças de um menino de cinco, uns vinte e cinco anos atrás
Cujo a sua senhora de trinta e cinco falava sobre os seus passos nos seringais 
Os cheiros que ainda marcam, sobretudo a nicotina (o lobo mau da tabatinga), essa um tanto mais
Nossa varanda de cerâmica amarela, o banco improvisado na escada 
Pouco diálogo entre o adulto e o menino antes do(s) Jornal(is) Nacional(is) 
O encaminho natural para o duro sofá de madeira e almofadas de onça entre arranjos florais
Ali a gente se abraçava pra acompanhar suas telenovelas e levantava para tomar água entre os comerciais
Da nossa varanda avistávamos os pontos cardeais, a constelação das três marias que nunca pude decifrar
Naquela varanda as promessas de verrugas nos dedos para cada estrela que eu pude apontar
E o que seria do meu texto de passagem senão o pretexto pras lamúrias de alguém com mais de trinta a se fundamentar? 
Não elenco nunca um sonho, nada pra me perpetuar, mas...
Que Deus, as forças do universo, os meus orixás... Todos me prevejam em cada letra das palavras que eu arranjar, as que eu materializo e as volatilmente absortas no tempo 
Que por um sinal eu me sinta perdoado pela dor, ardor, torpor na vida de cada semelhante que cruzei ou passarei, retomarei...
Que trinta é o bastante, e o montante de felicidade até aqui é o suficiente para já 
E se a vida ainda existirá, a isenção de tanta culpa, que já é tempo de se libertar...
E que nas noites antes de deitar, ainda dobre sobre os joelhos, pela entrega da humildade, sobretudo pelos anseios àqueles que desejo o bem-estar

domingo, 7 de fevereiro de 2021

Amigo,
Existe o nosso jeito 
Enquanto nós 
Cê pra mim, eu pra ti 
Eu sozinho?
Só com os medos que te falo
Quando abre caminho 

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

É só fevereiro

E como poderia medir? 
Não pude mensurar o que tivera a dizer 
Te vi dormir, te ouvi respirar 
E dessa paz questionar 
Deixei o ventre livre em minha mãe
Mas, por quê parti? 
Saudade
Voltar a nascer
Pela dor, adulto é renascer 


quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

Saudade

Sinto só, sinto saudade
Vem com dor, raiva, ALEGRIA!
E juro que é saudade...
 
Saudade vem do bem
É lembrança que vem
(Ih!) lembrança vem do mal também...

Saudade, energia pra trocar
Saudade que não tem vez
Vem que faz atrapalhar 

E se pudesse te dizer
Que vale a pena ter saudade
Ah Deus de céu...
Pediria: Ajuda nós a ponderar

Ôh saudade 
Espero que se vem
O tempo vai pra te acabar

 

sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

Se

Por Hermógenes

Se, ao final desta existência,
Alguma ansiedade me restar
E conseguir me perturbar;
Se eu me debater aflito
No conflito, na discórdia… Se ainda ocultar verdades
Para ocultar-me,
Para ofuscar-me com fantasias por mim criadas… Se restar abatimento e revolta
Pelo que não consegui
Possuir, fazer, dizer e mesmo ser…Se eu retiver um pouco mais
Do pouco que é necessário
E persistir indiferente ao grande pranto do mundo…
Se algum ressentimento, Algum ferimento
Impedir-me do imenso alívio
Que é o irrestritamente perdoar, E, mais ainda,
Se ainda não souber sinceramente orar
Por quem me agrediu e injustiçou… Se continuar a mediocremente
Denunciar o cisco no olho do outro
Sem conseguir vencer a treva e a trave
Em meu próprio… Se seguir protestando
Reclamando, contestando,
Exigindo que o mundo mude
Sem qualquer esforço para mudar eu… Se, indigente da incondicional alegria interior,
Em queixas, ais e lamúrias,
Persistir e buscar consolo, conforto, simpatia
Para a minha ainda imperiosa angústia… Se, ainda incapaz
para a beatitude das almas santas,
precisar dos prazeres medíocres que o mundo vende… Se insistir ainda que o mundo silencie
Para que possa embeber-me de silêncio,
Sem saber realizá-lo em mim…Se minha fortaleza e segurança
São ainda construídas com os materiais
Grosseiros e frágeis
Que o mundo empresta,
E eu neles ainda acredito…Se, imprudente e cegamente,
Continuar desejando
Adquirir,
Multiplicar,
E reter
Valores, coisas, pessoas, posições, ideologias,
Na ânsia de ser feliz…

Se, ainda presa do grande embuste,
Insistir e persistir iludido
Com a importância que me dou…

Se, ao fim de meus dias,
Continuar
Sem escutar, sem entender, sem atender,
Sem realizar o Cristo, que,
Dentro de mim,
Eu Sou,
Terei me perdido na multidão abortada
Dos perdulários dos divinos talentos, Os talentos que a Vida
A todos confia,
E serei um fraco a mais,
Um traidor da própria vida,
Da Vida que investe em mim,
Que de mim espera
E que se vê frustrada
Diante de meu fim.

Se tudo isto acontecer
Terei parasitado a Vida
E inutilmente ocupado
O tempo
E o espaço
De Deus.
Terei meramente sido vencido
Pelo fim,
Sem ter atingido a Meta.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

Porque pensei nas lágrimas de minha mãe quando subia
Nos soluços que deu ao abraçar 
Assim me fez lamentar 
As longas horas que passei para tudo em mim balançar 
Para no fundo do mar tudo findar, estar no ar foram só quatro horas para despertar